ANDANTE - Cris Dakinis (foto: Marcelo Luiz de Freitas)

Quando os anjos visitaram a nascente...
Nada era maçã, mas semente.
As tempestades inevitáveis
espelhavam vida
dividida em filhotes de lagoa
e refletiam o aroma lilás.
Quando o continente vestiu águas ao topo...
A rosa descoberta,
o príncipe distraído,
o carneiro livre e
a ruína desenhada – A Torre!

Estilhaços colorindo vermelhos.
Quando os anjos acenaram
com um caminho róseo...
Um cruzeiro percorria os astros
apagados pelo alvorecer.
Flores exóticas brotavam da antiga casa,
chovia, ouvia-se um cravo, tudo era poesia,
mas um cacto  florescia...

E o alvorecer fez-se plena companhia.

Dakinis, Cris - poema do livro Adágio Ensolarado - Ed. Costelas Felinas

3 comentários:

  1. os dois primeiros versos deste poema já marcam, ou seja, já prendem.
    depois vemos um desenrolar de atitudes coloridas expandindo o universo de seu próprio ato.

    Muito bom este poema... e a foto pôxa vida..tem tudo a ver com esse cenário poético..

    Bela foto - bela poesia.

    Carlos Fonseca Júnior

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  2. Profundo. A poesia tem o poder de nos mostrar o que há além dos nossos olhos.
    Obrigado por compartilhar minha foto.

    Marcelo Luiz de Freitas
    http://marceloluizdefreitas.wordpress.com/

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  3. Boa tarde, Carlos Fonseca Júnior!
    Muito obrigada pela leitura, pelo comentário atencioso e apreço :)
    Grande abraço e muita paz!
    Cris

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