Ei-la dormindo
a um canto
sonhos alfabéticos.
Jaz encapuçada,
talvez com vergonha
do amor não inscrito.
Humilde no ventre
da escrivaninha,
ciosa
de segredos terríveis,
guarda nas teclas dormentes
o poema total.
O poema que ninguém.
A aranha do tempo
trançará sobre ela a sua teia.
Que um dia alguém desfará
sem acordar o poema.
Silêncio!
dormindo a um canto
sonhos
Esfinge
sem Édipo.
Horta, Anderson Braga - Signos, antologia metapoética, ed. thesaurus
Extraordinário!!!
ResponderExcluirversos totalmente impactantes e nobres.
Adorei como tudo foi tecendo um elo entre as palavras, que coisa mais linda de se ler.
gostei muito!!!
pamela andrade
Muito Bom..
ResponderExcluirMUITO BOM MESMO.
Jorge
Caro Anderson adorei por demais este seu poema, lindo... lindo...
ResponderExcluire ele já começa pegando a gente de tal modo , que não dá para deixar de lado depois de começar a lê-lo....
MARCIO FREITAS
Ei-la dormindo
a um canto
sonhos alfabéticos.
Jaz encapuçada
Anderson Braga Horta por sua causa tirei o pó da minha ma´quina e matei saudade....kkk
ResponderExcluirvaleu pela lembrança tão antiga...rsss
Antônio Pallmas
Que lindo! Realmente, agora, Esfinge sem Édipo!
ResponderExcluirParabéns :)