CinePoesia
da literatura para o cinema e de volta às letras em formato de poesia
O silêncio das cordas
Embalando as noites sombrias
São violinos ecoando nas rodas
Vão abafando delírios de orgias.
O eco da música já não soa mais
Os stradivares observam sisudos
Ecoar o silêncio de cordas vocais
Musas presas em seus vasos mudos.
No canto do cisne se vê ressurgido
Retida na textura áspera do “sol”
Degola e se cola ao vértice vencido.
O “si” apresenta a mórbida textura
Envolve o silêncio em alvo lençol
Calam-se as cordas por débil loucura.
poema de Olímpio Coelho
MORTES
Onde a rotina da vida era cheia de encantos,
de prendas, de amor, de sorrisos,
chegou o falso destino, quando a morte se fez presente.
Quando novamente a morte sondou as noites quietas,
mais um grito soou no beco,
mais um anjo surgiu no céu,
mais um mistério surgiu na Terra.
Mais gritos, mais sombras, menos sorrisos,
menos uma vida, mais mistérios no ar.
Quem será agora,
que através da névoa espessa logo verá os céus?
Outras pernas fraquejaram,
mais um corpo caiu por terra.
Esse é o triste destino: certamente mais uma mulher,
vítima de estranho algoz,
insensato assassino.
Acabou!
Silenciou o violino!
poema de Deise Domingues Giannini
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