por cláudia brino |
EPÍMONE -
nome dado à figura de linguagem que consiste na repetição de
uma palavra , com pequenas diferenças morfológicas ou de contexto.
Veja o que acontece com a palavra BOCA neste poema de Ludimar
NA BOCA DA NOITE
Na boca da noite sepultei meu sorriso.
Lágrimas salgaram minha boca.
Abri um vinho. Despertei minha ira.
Entreguei-me àquela boca de garrafa.
Minha boca clamava por tua boca
que em outra boca sempre se extasiava.
Minha vingança foi insana, mas precisa.
E o teu fim essa vingança decretava.
De boca em boca a notícia correu
Deixando a cidade de boca aberta.
Hoje, no cárcere a dor meu peito aperta,
Mas minha boca há muito tempo já morreu.
- Ludimar Gomes Molina
Nenhum comentário:
Não é permitido fazer novos comentários.