Momento Cepelista - Olímpio Coelho de Araújo

Olímpio Coelho de Araújo
   No último encontro do CPL, dia 9 passado, tivemos momentos inesquecíveis, daqueles em que gostaríamos que o relógio parasse. Nosso amigo Olímpio (no Momento Cepelista) fez uma apresentação de sua vida literária desde que sentiu o despertar da poesia.
     O que mais quero ressaltar, além de conhecer pela primeira vez o seu lado de músico, foi ter sido revelada  uma capacidade ímpar de se comunicar oralmente, ainda que pareça uma pessoa comedida e  tímida. Conseguiu manter a atenção de todos até o final.

LudoPoesia

Dia 14/10 na reunião do CPL na biblioteca Mario Faria.

Desafio Literário 1
 


(LudoPoesia)
jogo adaptado por Cláudia Brino

Participantes:

Grupo Grená
Cida Micossi (que também tirou as fotos)  
Deise Domingues Giannini
José Vieira de Almeida
Olímpio Coelho de Araújo 
Valéria rodrigues Florenzano
Pontos: 165 

  •  
Grupo Rosa  
Edite R. Capelo
Kedma O'liver
Ludimar Gomes Molina
Thereza Ramalho Figueiredo
Vieira Vivo
Pontos: 180

LudoPoesia

No último encontro o grupo Grená passou o Grupo Rosa

No LudoPoesia os grupos tinham perguntas sobre o meio literário
e pistas para ajudar a completar o poema de Rosana Banharoli

GRUPO GRENÁ  -  430 pontos

GRUPO ROSA  -  310 pontos




QUEBRA CABEÇA POÉTICO - Rosana Banharoli

QUEBRA-CABEÇA POÉTICO
por Cláudia Brino

O poema Pesadelo de Rosana Banharoli foi utilizado no Desafio Literário 2 no encontro doCPL e foi com ele que o grupo Grená conseguiu dar uma rasteira no Grupo Rosa, pois conseguiram completar o poema todo com as pistas fornecidas.

as dicas sendo estudadas pelo grupo Rosa

RELEITURAS - CLÁUDIO MANUEL DA COSTA

Aos lermos um poema que tenha algo de marcante, nos surpreendendo quanto a mensagem, nos fazendo vagar ao enlevo das palavras, acende em nossa mente o desejo de nos estendermos através daquele momento e com o autor travar um sublime diálogo de emoções.

O projeto Releituras é a expressão emotiva de um poema permanecendo através de novos textos com as características que cada leitor-poeta traz em sua visão pessoal; interpretando, opinando, redirecionando e multiplicando o poema em foco.


poema:


Soneto LXXI
(Cláudio Manuel da Costa)

 Eu cantei, não o nego, eu algum dia
Cantei do injusto amor o vencimento
Sem saber, que o veneno mais violento
Nas doces expressões falso encobria
 
Que amor era benigno, eu persuadia
A qualquer coração de amor isento
Inda agora de amor cantara atento,
Se não lhe conhecera a aleivosia
 
Ninguém de amor se fie: agora canto
Somente os seus enganos; porque sinto,
Que me tem destinado estrago tanto
 
De seu favor hoje as quimeras pinto:
Amor de uma alma é pesaroso encanto;
Amor de um coração é labirinto
 


Releituras 

RELEITURAS - Rimbaud

Aos lermos um poema que tenha algo de marcante, nos surpreendendo quanto a mensagem, nos fazendo vagar ao enlevo das palavras, acende em nossa mente o desejo de nos estendermos através daquele momento e com o autor travar um sublime diálogo de emoções.

O projeto Releituras é a expressão emotiva de um poema permanecendo através de novos textos com as características que cada leitor-poeta traz em sua visão pessoal; interpretando, opinando, redirecionando e multiplicando o poema em foco.

poema:


Vogais
(Rimbaud)
 
A negro, E branco, I rubro, U verde, O azul:
vogais de vós direi as matizes latentes:
A, peludo corpete de luzentes
moscas volteando em pútrido, cruel paúl,
 
golfos de sombra; E, tendas, graças dos vapores,
lanças do gelo, brancos reis, tremor de umbelas;
I, púrpuras, hemoptises, rir de bocas belas
na cólera, em remorsos embriagadores.
 
U, ciclos, vibrações divinas do verdeado
mar, paz dos apascentos, paz do enrugado
que a alquimia imprime às fontes sobre os fólios;
 
O, supremo Clarim, cheio de silvos fundos,
silêncios trespassados de anjos e de Mundos:
- O de Ômega, raio violeta dos seus olhos.
 

RELEITURAS 
 

RELEITURAS - Giorgios Seferis

Aos lermos um poema que tenha algo de marcante, nos surpreendendo quanto a mensagem, nos fazendo vagar ao enlevo das palavras, acende em nossa mente o desejo de nos estendermos através daquele momento e com o autor travar um sublime diálogo de emoções.

O projeto Releituras é a expressão emotiva de um poema permanecendo através de novos textos com as características que cada leitor-poeta traz em sua visão pessoal; interpretando, opinando, redirecionando e multiplicando o poema em foco.

poema:

Fuga 
(Giorgios Seferis)
 
 Era isso nosso amor;
 Falava, voltava, trazia-nos
 Uma pálpebra baixa, infinitamente distante,
 Um sorriso petrificado, perdido
 Na relva da manhã;
 Uma concha estranha que nossa alma
 Tentava decifrar a todo instante.
  
 Era isso o nosso amor, progredia lentamente
 Tateando entre as coisas que nos envolvem,
 Para explicar por que recusávamos a morte
 Tão apaixonadamente.
 
 Embora nos agarrássemos a outras cinturas,
 Enlaçássemos outras nucas, loucamente
 Confundíssemos nosso hálito
 Ao hálito do outro,
 Embora fechássemos os olhos, era isso nosso amor...
 Nada mais que o profundíssimo desejo
 De suspender nossa fuga.
 
 
Releituras 


CONCURSO CINEPOESIA

Concurso Nacional CinePoesia do Clube de Poetas do Litoral



ATENÇÃO:

O concurso CinePoesia tem como objetivo elaborar impressões poéticas tendo como base: cenas, trechos ou diálogos de filmes adaptados de livros.

Esse ciclo criativo que se inicia na literatura, passa pelo cinema e retorna às letras em forma de poemas denominamos CinePoesia.



CONCURSO CINEPOESIA - resultado


Realização Clube de Poetas do Litoral
Organização: Cláudia Brino

 

capa Waldemar Lopes
O projeto CinePoesia do CPL tem como objetivo apresentar filmes que foram adaptados de livros e a cada película exibida, os membros do Clube  ou visitantes elaboram impressões poéticas tendo como base cenas, trechos ou diálogos que os tenha emocionado.
Esse ciclo criativo que se inicia na literatura, passa pelo cinema e retorna às letras em forma de poemas denominamos CinePoesia. 

A partir desta ideia criamos o Concurso Nacional CinePoesia, cujas inscrições terminaram no  dia 29 de fevereiro de 2012.

Aproveitamos para agradecer a todos os participantes (de vários Estados),  a todos aqueles que através de blogs, sites e mala direta contribuíram para o sucesso desta nova jornada divulgando o Concurso. Valeu gente!

A Lista de Schindler - CINEPOSIA

CinePoesia 
da literatura para o cinema e de volta às letras em formato de poesia

poemas escritos baseados no filme A Lista de Schindler (autor do livro: Thomas Keneally)
 
 
 Generosidade e luta....
 Heroísmo e compaixão....
 No peito de apenas poucos...
 Somatória da conquista de todos!
 
  poema de Clara Sznifer 

A LENDA DO LOBO DO MAR - CINEPOESIA

CinePoesia 
da literatura para o cinema e de volta às letras em formato de poesia

poemas escritos baseados no filme A Lenda do Lobo do Mar 
(autor do livro: Jack London)




TEMPESTADE

O negror da noite amedronta.
Os raios insistentes
iluminam momento a momento
a imensidão.
Caem pesadas as águas nervosas
e no alto mar, o barco balança.
Sai do equilíbrio e do rumo.
Tripulantes estão irreconhecíveis
pela expressão de pavor
diante da possibilidade da morte.
Homens fortes, brilhantes de suor
e de olhares desesperados,
agarram-se à amurada
buscando salvação.


Xângo de Baker Street - CINE POESIA

CinePoesia 
da literatura para o cinema e de volta às letras em formato de poesia

poemas escritos baseados no filme Xângo de Baker Street (autor do livro: Jô Soares)


O silêncio das cordas

Ao som da orquestra de cordas
Embalando as noites sombrias
São violinos ecoando nas rodas
Vão abafando delírios de orgias.

O eco da música já não soa mais
Os stradivares observam sisudos
Ecoar o silêncio de cordas vocais
Musas presas em seus vasos mudos.

DOM - CINEPOESIA

CinePoesia 
da literatura para o cinema e de volta às letras em formato de poesia

poemas escritos baseados no filme Dom 
(autor do livro: Machado de Assis)

Há traição?
 
Bento se apaixona por Ana
Por Ana Bento se apaixona
Bento é amigo de Miguel,
De Miguel Bento é amigo.
Ana trabalha para Miguel,
Para Miguel Ana trabalha.
Bento fica com ciúmes,
Com ciúmes Bento fica.
Ana engravida,
Engravida Ana.
Bento desconfia de Miguel,
De Miguel desconfia Bento.
Ana morre em um acidente,
Em um acidente Ana morre.
 
poema de Valéria Rodrigues Florenzano 

O PERFUME - CINEPOESIA

CinePoesia 
da literatura para o cinema e de volta às letras em formato de poesia

poemas escritos baseados no filme O Perfume 
(autor do livro: Patrick Suskind)
 
 
Obsessão
                              
Mote
Quem ora soubesse
Onde o amor nasce
Que o semeasse.
(Luis de Camões)

Um gênio de olfato apurado
Domina a magia das fragrâncias
Com que propósito?
Quem ora soubesse
Onde o amor nasce
Que o semeasse.
Um jovem solitário e obsessivo
De hábitos excêntricos,
A captar o odor feminino...
Quem ora soubesse
Onde o amor nasce
Que o semeasse.
 
poema de Clara Sznifer

O Pequeno Príncipe - CINEPOESIA

CinePoesia 
da literatura para o cinema e de volta às letras em formato de poesia


poemas escritos baseados no filme O Pequeno Príncipe 
(autor do livro: Antonie de Saint-Exupéry)


 Na viagem...

Não compreenderam meus sinais.
Não entenderam minha mensagem.
Preparei então, grande viagem
procurando aprender cada vez mais.

No deserto pude, enfim, me encontrar.
Minha vida  passou a ter sentido.
Meu passado ficou esquecido.
Podia ver agora minha luz brilhar.

UNS BRAÇOS - CINEPOESIA

CinePoesia 
da literatura para o cinema e de volta às letras em formato de poesia

poemas escritos baseados no filme Uns Braços  
(autor do conto:Machado de Assis)


A sutileza de gestos compassados
Noite e dia acariciando sonhos.

No frescor de uma tez aveludada
Um convite sutil para o beijo.

Nos cuidados do afeto cotidiano
O consolo dos incompreendidos.

Pouco a pouco a inocência pueril
Mergulha no oceano da sedução.

Aonde anseios não satisfeitos
São guardados pelo tempo,

No livro da Vida....

poema de Clara Sznifer


 INÁCIO E SEVERINA

Vislumbrando sua imagem na janela
descobriu o olhar meigo da menina;
nasceu, então, o seu amor por ela,
tão bela e doce, a doce Severina.

Veio o sonho, impossível devaneio:
a loucura velada de um só beijo;
o sonho se desfez, ela é do alheio,
não tem ele o direito a esse desejo.

O corpo, hoje doído e a alma cansada
repousavam no leito tão soturno;
devagar chegou ela tão calada
no quarto desse silêncio noturno.

Calmamente, ela entrara sem bater,
recostou-se e a face dele ela tocou
e Inácio, no seu sono, sem saber
ganhou o beijo que sempre sonhou.
 
poema de Deise Domingues Giannini


Uns Braços

 Com seu sorriso gentil
Sorrateiro foi chegando
Foi entrando em minha vida
Consertou a persiana
Que estava emperrada,
Na janela da minha alma.
Como o sol aquece as flores
Aqueceu o meu coração.
Com o poder transformador
Uniu os fios da tomada
Que estavam em circuito
Consertou a resistência
Que me fazia prisioneira
De situações dolorosas
Devolveu o meu sorriso
Iluminou a minha face
A sua voz é macia
Como a cor da primavera
Em teus braços me aconchego
Na linguagem do amor.

poema de Edite Capelo  

INESQUECÍVEL - CINEPOESIA

CinePoesia 
da literatura para o cinema e de volta às letras em formato de poesia

poemas escritos baseados no filme  Inesquecível 
(autor do conto: Horácio Quiroga )


Corrompe a confiança
Insiste na negação.
Única forma de punição,
Matar ou morrer,
Em nome do amor

poema de Clara Sznifer

O MENINO DE PIJAMA LISTRADO - CINEPOESIA

CinePoesia 
da literatura para o cinema e de volta às letras em formato de poesia

poemas escritos baseados no filme O Meninino de Pijama Listrado (autor do livro: John Boyne )

O senso comum

Ao término da exibição
os assistentes abatidos e chorosos
olhavam-se incrédulos.
 
Toda a película exibiu horrores
e a crueldade desfilou incólume
ante o domínio do senso comum.
 
O martírio de milhares de segregados
mostrou-se apenas pano de fundo
indiferente, imutável e descolorido.
 

ORGULHO E PRECONCEITO - CINEPOESIA

CinePoesia 
da literatura para o cinema e de volta às letras em formato de poesia

poemas escritos baseados no filme Orgulho e Preconceito (autora do livro: Jane Austen)
 
 
 
Aonde está o amor?
Por vezes, corre na veia,
Escorre nas lágrimas,
Seca na boca a salivar.
 Outras tantas,vem dos descaminhos,
Do desprezo de um olhar,
De vocábulos tão ferinos,
E da chaga que arde sem parar.
 
Seriam sensações momentâneas,
De emoções imprecisas
A traçar dos amantes o porvir?


poema de Clara Sznifer

A Insustentável Leveza do Ser - CinePoesia

CinePoesia 
da literatura para o cinema e de volta às letras em formato de poesia

poemas escritos baseados no filme A Insustentável Leveza do Ser (autor do livro: Milan Kundera)

Ajustes

Na leveza do teu mundo meu fardo pesou.
No realismo do meu mundo tua fantasia cresceu.
Perdemos o equilíbrio e a compostura.
Fizemos do prazer a tortura.
Continuaste no teu mundo. Perdi o meu.